Terapêutica oral com isotretinoína para acne e risco de doença inflamatória intestinal

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Os dados sobre a utilização de isotretinoína oral e o risco de desenvolvimento subsequente de doença inflamatória intestinal (DII) continuam a aumentar:
- Num estudo de coorte retrospetivo, feito com base em dados eletrónicos de saúde de mais de 150 mil doentes, verificou-se que tanto os que utilizaram isotretinoína oral para acne como os que tomaram antibióticos orais tiveram riscos semelhantes ao longo da vida no que respeita à doença de Crohn e colite ulcerosa, com um aumento no risco de colite ulcerosa no grupo de isotretinoína limitado aos primeiros seis meses de terapia.
- Um segundo estudo de coorte retrospetivo, também com base em dados eletrónicos de saúde de mais de 850 mil doentes, o risco de incidência de DII em um ano não diferiu entre os doentes com acne tratados com isotretinoína oral e os doentes com acne que não receberam terapia sistémica ou que receberam antibioterapia oral. No entanto, houve uma associação entre a própria acne e o risco de incidência de DII.
Estes resultados reforçam o conceito de que a terapia oral com isotretinoína pode não ter um impacto clinicamente significativo no risco de DII.