De acordo com o novo estudoRisk of Infection in Children With Psoriasis Receiving Treatment With Ustekinumab, Etanercept, or Methotrexate Before and After Labeling Expansion não se verificou um aumento de infeções ambulatoriais para crianças que iniciaram o tratamento com ustequinumabe em comparação com etanercepte ou metotrexato.
Um novo estudo feito por investigadores dos Departamentos de Medicina e de Dermatologia do Brigham and Women's Hospital da Harvard Medical School, em Boston, nos Estados Unidos, demonstrou que a incidência de infeções graves, num período de seis meses é baixa, nos doentes pediátricos com psoríase, que iniciaram tratamento com ustequinumabe, etanercepte ou metotrexato, tendo variado entre 14,9 e 25,6 eventos por mil pessoas por ano.
Esta foi a maior conclusão do estudo de coorte, intitulado Risk of Infection in Children With Psoriasis Receiving Treatment With Ustekinumab, Etanercept, or Methotrexate Before and After Labeling Expansion, que sugere que não houve aumento no risco de infeções ambulatoriais para crianças que iniciaram o tratamento com ustequinumabe em comparação com etanercepte ou metotrexato.
“Os ensaios clínicos já demonstraram a alta eficácia dos novos agentes imunomoduladores no tratamento de crianças com psoríase”, escreveram a autora principal do estudo, Maria Schneeweiss, médica afiliada à Division of Pharmacoepidemiology in the Departments of Medicine and Dermatology at Brigham and Women’s Hospital and Harvard Medical School, e os seus colaboradores, num artigo publicado no JAMA Dermatology. “No entanto, o risco de infeções na prática clínica não foi totalmente caracterizado comparando esses medicamentos entre si.”
A investigação foi feita com base em duas grandes bases de dados dos EUA. Nestas, os pesquisadores identificaram 2.338 doentes até aos 17 anos que estavam a receber tratamento tópico para psoríase e que iniciaram uma nova terapêutica com ustequinumabe, etanercepte ou metotrexato. A análise foi dividida em dois períodos, considerando os medicamentos estudados: antes da elaboração de bulas pediátricas para os medicamentos (de 2009 a 2015) e após a aprovação para uso pediátrico (de 2016 a 2021). O acompanhamento dos doentes foi iniciado um dia após o início do tratamento e encerrado após seis meses.
Leia o estudo completo em https://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/article-abstract/2800955