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Doentes com alopecia areata têm maior prevalência de ansiedade e depressão

De acordo com um estudo, os doentes com alopecia areata têm maior risco e prevalência de transtornos depressivos e ansiosos.

O JAMA Dermatology publicou, recentemente, um estudo que avalia a prevalência da depressão e da ansiedade em doentes com alopecia areata (AA). Os resultados da revisão sistémica e da meta-análise de dados e investigações anteriores demonstram que há maior risco e maior prevalência destes transtornos depressivos e ansiosos em doentes com esta patologia.

Na conclusão da revisão, os investigadores descobriram que os doentes com AA têm uma prevalência de 9% de transtornos depressivos e uma prevalência de 13% de transtornos de ansiedade.

Em termos de sintomas de depressão e ansiedade, os investigadores descobriram que os doentes com AA apresentaram sintomas de depressão, com uma prevalência de 37%, e de ansiedade, com 34%.

A conclusão da revisão e meta-análise, revelou que mais de 1/3 dos doentes com AA apresentavam sinais de alerta, que poderiam evoluir para transtornos psiquiátricos; e que 7 a 17% dos doentes com AA apresentavam depressão ou ansiedade, necessitando de cuidados psiquiátricos, incluindo terapêutica medicamentosa.

Há muito tempo que é sabido que certas condições dermatológicas podem afetar os doentes de forma emocional, mas também em termos sociais. Num estudo realizado em 2020, a maioria dos doentes relatou dificuldades em termos da sua qualidade de vida, devido aos sintomas e aos tratamentos, que afetam os seus relacionamentos, a produtividade, a saúde financeira e o bem-estar emocional. Os doentes relataram ter tomado decisões importantes na vida, centradas na sua AA e afirmaram que lidar com esta condição é um desafio diário significativo.

Os investigadores identificaram 37 artigos relevantes sobre depressão (n=29) e ansiedade (n=26). Todos os artigos foram identificados com base nas diretrizes de Análise de Metadados de Estudos Observacionais em Epidemiologia, que continham dados sobre depressão, ansiedade e prevalência de sintomas.

Os dados para a revisão e meta-análise foram recolhidos na Biblioteca Cochrane, Embase, PsycINFO, PubMed e ScienceDirect.

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